Um período de vulnerabilidade

De onde vem o desespero? Qual a origem desse sentimento etéreo, subtil, pronunciado ou agressivo, que nos invade sem se identificar e sem pedir licença?

Estaremos condenados a viver subjugados à tirania dessa sensação de incompletude, insatisfação, mutilação?

Parecemos ser seres insaciáveis, desenhados para desejar sempre mais do que poderemos algum dia alcançar.

Estaremos condenados a suportar a vida numa paz ‘podre’, procurando ‘oxigénio’ em prazeres menores, compensações, dependências?

  

"A maioria dos homens vivem em silencioso desespero", dizia Henry Thoreau, pensador americano. Também Kierkegaard, filósofo dinamarquês  [o meu preferido], dedicou horas e horas a encontrar caminhos dentro do desespero.

Identificava ele três tipos de pessoas na relação com o desespero: 1º) aqueles que não têm consciência de viver em desespero; 2º) aqueles que têm consciência mas não querem fazer nada por isso e preferem viver ‘adormecidos’; 3º) aqueles que têm consciência e fazem tudo por se libertar desse desespero.

   

Os que pertencem ao 1º nível nunca chegarão aqui. Duvido que tenham sequer aberto este texto. Os que pertencem ao 2º nível já se assustaram no primeiro parágrafo porque sentiram a dor do desespero a acordar e não querem confrontar-se com isso. Por isso com certeza que já cá não estão entre nós [salve seja]. Quem chegou aqui e vai ler este texto até ao fim são pessoas conscientes que identificam em si, ou em alguém próximo, um determinado nível de desespero e sabem que há caminhos para o atravessar e ultrapassar.

Texto - João Delicado 

    
  

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