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Escola de Psicologia abordagem à ansiedade - Caso Clínico - Parte 4

Postado por Rui Fonte em terça, agosto 7, 2018 Em: Guest Post

A Elisabete, uma mulher de 35 anos, trabalha como lojista num centro comercial de Lisboa e tem dois  filhos. A sua chefe está sempre a chamá-la a atenção, pois diz que o seu trabalho está a ser afetado pela sua constante preocupação e medo de fazer as coisas de maneira errada. Quando se tenta justificar, diz que esta preocupação e medo é algo que não consegue controlar, e que também se manifesta em casa, com os seus filhos e nas suas tarefas de rotina diária – no fundo, os pensamentos negativos fazem com que interfiram na atenção que dá às mesmas. 

A sua chefe funciona como uma confidente, visto que em casa não tem ninguém com quem falar (os filhos são muito pequenos, o marido trabalha fora e os pais moram longe), e, portanto, relata muitas vezes à mesma que se sente muito cansada, às vezes irritada, que não consegue dormir – a menos que seja com a ajuda de medicação - e que não lida bem com a antecipação de eventos ou situações. A Elisabete refere que os sintomas se começaram a manifestar aos 25 anos (embora não seja certeiro), e que desde que começou a trabalhar estes afetam o seu desempenho (tanto social como profissional). 


Foram estas as causas que lhe fizeram procurar a ajuda de um psicólogo, assim como por influência da sua chefe. Segundo este, a perturbação da Elisabete não se deve ao consumo de drogas e/ou medicamentos, nem é mais bem explicada por outros tipos de perturbações mentais – fobias sociais, perturbações do pânico, perturbação obsessivo-compulsiva, entre outras -, o que o levou a diagnosticar ansiedade generalizada.

Discussão

O quadro clínico da Elisabete, trata-se de um exemplo de um caso de ansiedade generalizada. Segundo esta, foi a partir dos seus 25 anos que surgiram os primeiros sintomas desta perturbação, o que faz com que se confirme um dos primeiros critérios de diagnóstico de ansiedade generalizada – os sintomas têm que persistir durante, pelo menos, seis meses. 

Perante a descrição do seu caso, conseguimos perceber que esta tem medo e preocupações excessivas, o que faz com que estes sejam desproporcionais e transversais (funcionamento social, profissional ou pessoal) diante de um evento que se esteja a aproximar – critério este que também está presente no DSM-5. 

Segundo os critérios de diagnóstico do DSM-5, a Elisabete cumpre três ou mais dos seguintes sintomas: fadiga (o cansaço que a mesma relata), irritabilidade, perturbação do sono (não dorme, a menos que seja com a ajuda de medicamentos), inquietação, dificuldade de concentração (perante as suas tarefas) e tensão muscular – todos eles acabando por interferir em vários aspetos da sua vida. Segundo o seu psicólogo, temos a confirmação de que não se trata de qualquer outra perturbação mental e que a Elisabete está livre do consumo de drogas e medicamentos excessivos. 

Parte 1

Parte 2

Parte 3

Unidade Curricular de Psicopatologia

Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias - ULHT

Escola de Psicologia e Ciências da Vida – EPCV

Andreia Matos, Bárbara Alexandre & Mariana Fonte

Em: Guest Post 



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