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Escola de Psicologia abordagem à ansiedade - Parte 1

Postado por Mariana Fonte em segunda, maio 7, 2018 Em: Doenças mentais

Este trabalho tem por objetivo abordar a ansiedade generalizada, os seus critérios de diagnóstico, etiologia, epidemiologia e outros. Trata-se de uma base escrita que serve como apoio a um vídeo interativo sobre o mesmo tema, que tem como objetivo a apresentação de um quadro clínico. Ao longo desta pesquisa, iremos, em primeiro lugar, dar a conhecer a ansiedade generalizada – através de uma breve introdução – e, de seguida, falar sobre as suas causas, critérios de diagnóstico, a sua distribuição e os seus fatores determinantes na população, assim como tratamentos possíveis para a mesma.

Ansiedade Generalizada

A ansiedade é um sentimento caracterizado por medo, desconforto e apreensão, derivado da antecipação de algo desconhecido. Em geral, os sintomas interferem com a qualidade de vida dos indivíduos, com o seu conforto emocional e com o seu desempenho diário (Castillo, Recondo, Asbahr & Manfro, 2000). Em casos deste tipo de perturbação, qualquer situação poderá ser desencandadora de um ataque de ansiedade.

Algumas das características desta perturbação incidem no fato da sua frequência, duração, intensidade e preocupação serem desproporcionais à probabilidade real ou ao impacto do evento antecipado. Ao realizar tarefas, a sua preocupação impede-o de dar atenção às mesmas, fazendo com que os seus pensamentos interfiram no seu bom desempenho. 

Nos adultos, as tarefas da sua rotina diária (saúde, finanças, membros da família ou problemas com os seus filhos) são uma constante preocupação, assim como o medo de falhar algum compromisso ou de não conseguir realizar tarefas domésticas. No entanto, em alguns casos, este tipo de preocupação pode nunca ser demonstrado fisicamente, ou seja, pode haver ausência de inquietações ou nervos à flor da pele (American Psychiatric Association, 2014). Nas crianças, a sua preocupação incide na qualidade e competência do seu desempenho, sendo que esta facilmente pode variar.
É importante ter em conta que a preocupação e ansiedade relacionada com esta perturbação tem de ser excessiva e desproporcional à situação, e tem de interferir com o funcionamento psicossocial do próprio, pois, caso contrário, seria apenas uma ansiedade não patológica – neste caso, as preocupações do dia-a-dia seriam controláveis. Os sintomas da ansiedade generalizada têm uma maior duração, são mais intensas, angustiantes e disseminadas. Os indivíduos com este diagnóstico, encontram-se em sofrimento constante devido à preocupação excessiva em relação ao seu funcionamento  em todas as áreas da vida que sejam importantes. 

Em geral, quanto mais forem as preocupações da sua rotina diária, mais fiável vai ser o seu diagnóstico para esta perturbação (American Psychiatric Association, 2014). Algumas características físicas que apoiam o diagnóstico de ansiedade generalizada, podem ser: tremores, contrações, dores musculares, nervosismo, irritabilidade e tensão muscular. Também há presença de sintomas somáticos - como a sudorese, náuseas e diarreia -, respostas exageradas e outras condições associadas ao stress – como a síndrome do intestino irritável e cefaleias. O aumento do batimento cardíaco, falta de ar e tonturas, são sintomas de excitabilidade que não são tão predominantes nesta perturbação, como são na perturbação do pânico (American Psychiatric Association, 2014).

Dentro dos fatores de risco para esta perturbação, encontra-se o historial familiar da mesma, um aumento no stress do próprio e/ou algum episódio de trauma físico ou emocional. Alguns estudos também demonstram uma associação entre a ansiedade e o tabagismo em adolescentes, sendo que os que fumam em excesso têm entre cinco a seis vezes mais probabilidades de desenvolver esta perturbação – isto porque os estados de nervosismo e desconforto social podem fazer com que a pessoa fique dependente da nicotina. 

A ansiedade generalizada poderá estar ainda associada a doenças médicas, como os diabetes (Fricchione, 2004). Por fim, cerca de um terço do risco de sofrer de ansiedade generalizada é genético (American Psychiatric Association, 2014). De acordo com alguns autores, são precisas mais pesquisas sobre a prevenção deste tipo de perturbação, mas, no entanto, existem evidências de como a terapia cognitivo-comportamental poderá ter um impacto positivo.


Obrigado à equipa da:

Unidade Curricular de Psicopatologia

Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias - ULHT

Escola de Psicologia e Ciências da Vida – EPCV

Andreia Matos, Bárbara Alexandre & Mariana Fonte

Em: Doenças mentais 



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